CAPITÃO-MOR – BERNARDO DA MOTA
8º (sétimo) governante da Capitania do Rio Grande do
Norte, NO PERÍODO DE 1621 A JUNHO DE
1625
Capitão-mor, nomeado por carta IMPERIALde
03 DE MARÇO DE 1623
Precedido por ANDRÉ PEREIRA THEMUDO e
sucedido por FRANCISCO GOMES DE MELO
Militara na Índia e era Cavaleiro da Ordem de Cristo quando
foi designado Capitão-mor da Capitania do Rio Grande, através de Carta Imperial
datada de 3 de março de 1623, conforme consta no Arquivo Nacional da Torre do
Tombo (Lisboa, Chancelaria de D. Filipe III, L. 15, fl. 187). Esta informação é
fornecida por HÉLIO GALVÃO (1999, p. 61), em plena sintonia com o que dissera
VARNHAGEN (Visconde de Porto Seguro) em sua obra História Geral do Brasil, Vol.
11, p. 121). VICENTE DE LEMOS, enunciando-a praticamente na íntegra, destoa ao
referir o ano, recuando-o a 1619, divergência que TAVARES DE LIRA parece
esclarecer satisfatoriamente: (...) se Bernardo da Mota foi nomeado para
suceder a este (alude a Ambrósio Machado) em 3 de março de 1623, como pensa
Porto Seguro, ou em 1619, segundo informa Vicente de Lemos, não chegou a
governar a capitania nessa época (1982, p. 43). E cita o documento Notas
históricas sobre o Rio Grande do Norte, produzido por Domingos da Veiga, no
qual o autor aponta André Pereira Temudo como o sucessor de Ambrósio Machado,
seguido por Francisco Gomes de Melo e, só então, Bernardo da Mota. Considera
ele – TAVARES DE LIRA – esta seqüência a mais provável (...) dada a autoridade
de Domingos da Veiga (...), contemporâneo dos acontecimentos e pouco depois
Capitão-mor do Ceará (op. cit., p. 45). Vêse as dificuldades que se apresentam
aos pesquisadores ao reportar acontecimentos anteriores à invasão holandesa,
pós o que foi destruída, senão toda, parte considerável dos registros dos
primeiros tempos. Provavelmente jamais se saberá, com a devida clareza, o
desenrolar sequenciado de vários dos acontecimentos daquele extraordinário
período. Ainda a respeito de Bernardo da Mota, Vicente de Lemos admite que são
desconhecidas as datas de posse e término de seu governo, desempenho, atos que
praticou em sua administração, etc., face à inexistência de documentos da época
nos arquivos locais, no que é corroborado por CÂMARA CASCUDO: Não sabemos
quando assumiu e o que fez na Capitania (1984, p. 441)
FONTE – FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO
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